O Indicador de Nível de Atividade (INA), divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e que mostra queda de 2,7% em junho ante maio, indica que o desempenho do setor segue ruim e deve continuar assim no restante do ano. Segundo Paulo Francini, diretor de Economia da Fiesp, o segundo semestre deste ano não deve trazer grandes novidades, porque as expectativas estão todas voltadas para o novo governo que toma posse em janeiro de 2015.

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O desempenho da indústria paulista em junho foi afetado, entre outras coisas, pelo número menor de horas trabalhadas na produção (-2,4%), reflexo da realização da Copa do Mundo, e a retração de 5,5% nas vendas reais. Os segmentos mais afetados foram Artigos de Borracha e Plástico (-6,1% em junho ante maio) e Metalurgia Básica (-1,7%). Na contramão, a indústria de Bebidas registrou alta de 2,8%.

A queda de 7,3% no nível de atividade geral acumulada do primeiro semestre é a segunda pior desde 2003, quando o levantamento começou, sendo melhor só do que a primeira metade de 2009, que registrou retração de 15,8%, em meio à crise financeira global.

A Fiesp estima que a indústria paulista deve encerrar 2014 com queda de 4,4%, mas já está trabalhando na revisão para baixo dessa projeção. “Havíamos feito uma estimativa no final do ano passado, fizemos uma revisão em março e, terminado o primeiro semestre, estamos sendo obrigados a fazer mais uma revisão. E é muito provável que essa previsão de queda aumente para um número ainda desconhecido”, diz Francini. Os novos números devem ser divulgados em agosto.

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