Fiesp: é preciso reduzir Selic para estimular economia

Após o anúncio da manutenção da taxa Selic em 11% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou na noite desta quarta-feira, 16, que é preciso que o Banco Central (BC) reduza a taxa de juros “para estimular a demanda da economia, os investimentos produtivos e recolocar o País na rota do otimismo”.

A nota, assinada pelo presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, diz ainda que o Brasil “precisa de uma política econômica que promova o crescimento, crie rendas e gere empregos”.

Para justificar sua posição contra a manutenção da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a Fiesp mencionou a atividade fraca “na maioria dos setores” e apontou que a indústria no segundo trimestre do ano “muito provavelmente” entrará em quadro de recessão. “Nos demais setores, como o de comércio e serviços, indicadores mostram que o pessimismo e a morna atividade prevalecem”, afirma ainda a nota da Fiesp.

Anefac.

O diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, afirmou, por meio de nota que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deveria ter elevado a Selic para conduzir a inflação em direção ao centro da meta de 4,5% estabelecida pelo governo.

Para ele, a taxa básica dos juros deveria ter subido tendo em vista os atuais indicadores de inflação, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está em 6,52% no acumulado em 12 meses, acima do teto da meta estabelecida pelo governo.

Na avaliação de Oliveira, após promover nove elevações seguidas, o BC manteve a Selic em 11% ao ano nas reuniões de maio e de hoje para aguardar “todos os efeitos” do ciclo de aperto “que ainda se farão sentir nos próximos meses”. Ribeiro ponderou que uma eventual elevação da taxa, “seja qual for”, provocaria “pouco impacto” nas taxas de juros das operações de crédito, em razão da maior competição no sistema financeiro.

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