O diretor titular do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deinfra – Fiesp), Carlos Cavalcanti, criticou nesta segunda-feira, 06, o modelo de concessões do governo paulista e exigiu transparência nas relações entre o governo e as concessionárias.
“Os contratos de concessão de São Paulo são secretos, ninguém tem conhecimento deles nem de seus aditivos”, afirmou Cavalcanti, ao comentar sobre as notícias de renegociação do valor dos pedágios, em discussão entre empresas e a Artesp.
Ele também criticou o fato de a sociedade paulista não ter acesso às informações sobre o que está sendo negociado. “O ponto de partida é ter conhecimento do desequilíbrio tarifário em favor da sociedade”, defendeu, sugerindo que informações como os custos de manutenção e operação das rodovias deveriam ser públicas, bem como o montante que vem sendo pago a mais pela população e há quanto tempo.
Por outro lado, Cavalcanti elogiou o modelo de concessão proposto pelo governo Dilma Rousseff, pautado na menor tarifa. Elogiou em particular a Medida Provisória dos Portos, que deve ser votada nesta semana. E criticando a tentativa dos atuais concessionários de garantir a prorrogação de seus contratos, defendeu que a presidente vete mudanças que possam prejudicar o modelo proposto.
Cavalcanti apresentou as críticas durante a abertura do 8º Fórum de Logística e Transportes, organizado pela Fiesp, e que ocorre até terça-feira, 07, em São Paulo.
