Sondagem realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) a respeito da atividade do setor em abril mostrou queda no indicador de volume de produção, para 49,4 pontos, após forte crescimento em março, quando atingiu 66,0 pontos. O indicador de produção ficou um pouco abaixo do índice nacional de 51,0 pontos e próximo do patamar de equilíbrio de 50,0. A Sondagem Industrial Fiesp/Ciesp é realizada em 132 empresas, das quais 61 são pequenas, 44 médias e 27 grandes. O período de coleta foi de 30 de abril a 20 de maio de 2010.
De acordo com dados do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), houve queda no indicador para indústrias de todos os portes, com destaque para as pequenas, que puxaram os números para baixo. Apesar do resultado menos expressivo em abril na comparação com março, a indústria paulista mostra relativa estabilidade da atividade no curto prazo. Segundo avaliação da Fiesp, as expectativas para os próximos 6 meses seguem otimistas.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) efetiva em relação à usual marcou 47,8 pontos e, novamente, as pequenas indústrias foram responsáveis pelo maior recuo entre os meses de março e abril, de 57,6 para 44,3 pontos. No indicador de estoque efetivo em relação ao planejado, o resultado de São Paulo ficou em 45,9 pontos em abril, abaixo dos 48,1 pontos do mês anterior, indicando estoque abaixo do planejado.
Os empresários estão otimistas com as perspectivas para os próximos seis meses em relação à demanda e às compras de matérias-primas. No entanto, os pesquisados estão reticentes quanto ao futuro das exportações. O indicador de expectativas de demanda registrou 62,5 pontos em abril, com estabilidade nas pequenas indústrias e recuo nas médias e grandes. Já o indicador de compra de matérias-primas ficou em 60,0 pontos. Para as perspectivas de quantidade exportada, a indústria paulista apontou leve recuo, registrando 49,9 pontos em abril, ante 51,0 pontos em março. O resultado também foi puxado pelas pequenas indústrias, seguidas pelas grandes e pelas médias.