A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou nesta quarta-feira, 23, que o índice geral de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei) em julho ficou abaixo da linha dos 50 pontos pelo quarto mês consecutivo, em 42,8 pontos. Em junho, o indicador havia registrado 41,9 pontos e em julho de 2013, 47,1 pontos. O pessimismo mais acentuado está entre os empresários de indústrias de grande porte, com 42,4 pontos e os mais otimistas são os médios industriais, com 43,5 pontos. Os mineiros estão menos confiantes do que a indústria brasileira, já que a média nacional (Icei nacional) ficou em 46,4 pontos.
“As incertezas inerentes às eleições aliadas à desaceleração da atividade industrial influenciam o pessimismo dos empresários”, explicou o economista-chefe da Fiemg, Guilherme Veloso Leão. O índice que mede a confiança do empresário com relação às condições atuais ficou em 34,9 pontos ante 36,8 pontos de junho. Já o que afere às expectativas apresentou 46,9 pontos frente aos 44,6 pontos do mês passado.
2º semestre
A Sondagem Industrial – MG de junho, indicador antecedente que mede o nível de atividade do setor no Estado e que foi divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Sistema Fiemg, mostra que, para o segundo semestre, a indústria do Estado está esperançosa em um aumento de demanda, por conta da desova dos estoques atuais. O índice que mede essa expectativa passou de 46,7 pontos em maio para 51,3 pontos em junho.
“Mas é um otimismo contraditório. Esse aumento de demanda decorrente da venda de estoques ocorrerá, provavelmente, pela prática de descontos, liquidações, entre outros. Será o único jeito de se fazer caixa”, disse Leão, em coletiva de imprensa. Para ele, é difícil de prever uma explosão de aquecimento da demanda com um cenário de manutenção de uma taxa alta de juros, ambiente incerto devido às eleições, câmbio desfavorável às exportações, entre outros fatores.
A afirmação do especialista se confirma quando se mediu o sentimento do empresariado mineiro com relação às exportações para o segundo semestre, por exemplo. O índice recuou de 48,6 pontos em maio para 44,5 pontos em junho. Porém, quando se fala em compra de matéria-prima, o índice sobe de 43,6 pontos para 48,6 pontos e, em emprego, de 44,5 pontos para 45,8 pontos. “No segundo semestre não tem mais Copa – exceto pelos primeiros dias de julho – e há o Natal. Pode ser isto que esteja influenciando a visão de alguma melhora nos seis últimos meses do ano”, completou.