Fiat fecha 12 fábricas e diz que vai demitir

A montadora italiana anunciou ontem seu novo plano de reestruturação, que inclui o corte de 12.300 funcionários e a venda de novas ações no valor de 1,8 bilhões de euros. A Fiat também deverá cortar custos da ordem de 3,1 bilhões de euros em três anos. Segundo o presidente da Fiat, Giuseppe Morchio, o objetivo é tirar a montadora do vermelho até 2006. Este é o terceiro plano de reestruturação feito pela empresa nos últimos dois anos.

Para recuperar as finanças da empresa, o plano inclui também a demissão de 12.300 funcionários. Desse total, 2.800 trabalham na Itália. O restante está espalhado pelas outras fábricas do mundo.

A Fiat informou também que 12 fábricas serão fechadas neste ano e em 2004. A maioria fora da Itália. O projeto inclui o encerramento das atividades de fábricas de carros, caminhões (Iveco) e máquinas agrícolas (CNH Global).

A montadora italiana anunciou um novo plano mesmo sem ter finalizado o anterior, que incluiu o corte de 8 mil trabalhadores e a venda de ações para reduzir suas dívidas.

No Brasil, não

O grupo Fiat do Brasil informou que o plano de reestruturação anunciado ontem pela presidência mundial da empresa não deve afetar suas operações no País.

O Grupo Fiat tem 16 fábricas no Brasil e emprega 22 mil pessoas. São unidades da Fiat, Iveco, CNH (máquinas agrícolas – uma delas na Cidade Industrial de Curitiba), Magneti Marelli (autopeças), Teksid (fundição), entre outras. Segundo o grupo, nenhuma das unidades será afetada pelo novo plano anunciado na Itália.

A companhia informou também que os investimentos programados para a ampliação da produção no Brasil serão mantidos. Entre 2002 e 2005, o Grupo Fiat deve investir R$ 3,3 bilhões. Entre os planos da empresa no Brasil está a produção de caminhões pesados na Iveco, por exemplo.

A Fiat liderou as vendas de automóveis no mercado brasileiro em maio – com 24,4% de participação.

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