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FI-FGTS pretende alocar até R$ 7 bi em investimento direto na economia este ano

O presidente do Comitê de Investimento do FI-FGTS, Marco Aurélio Queiroz, disse nesta quarta-feira, 29, que pretende divulgar até o dia 31 de maio o resultado do chamamento público para obtenção de recursos do fundo em projetos de infraestrutura com a contratação de até R$ 15 empreendimentos, no valor total de R$ 7 bilhões. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal, que é a gestora do fundo, começou o processo de análise das 34 propostas recebidas com projetos nas áreas de saneamento, energia e logística, incluindo portos, rodovias e ferrovias.

“Tivemos uma surpresa com o volume de demanda no chamamento e com a diversidade de setores interessados, que superaram a nossa expectativa. Pretendemos alocar até R$ 7 bilhões em investimento direto na economia este ano, o que é um volume relevante”, avaliou o executivo.

Esse foi o primeiro chamamento público do FI-FGTS, um dos focos da Operação Lava Jato, que investiga o uso de influência política nas decisões de investimento do fundo.

De acordo com Queiroz, o objetivo da nova administração do fundo é realizar chamamentos periódicos, a cada quatro ou seis meses, coincidindo, se possível, com as datas previstas para leilões de infraestrutura. “Queremos que o trabalho tenha a seriedade e a transparência que a sociedade brasileira cada vez mais exige na gestão desses recursos. Queremos aprender com as lições do passado de que é preciso fazer melhor esse tipo de processo”, disse. “A partir de agora, os interessados em apresentar projetos ao fundo não precisarão mais falar com A, B ou C. Ninguém precisará ter relacionamento político para conseguir aprovar um projeto. Passará a atender aos requisitos técnicos, e os proponentes poderão acompanhar o andamento das solicitações direto na estrutura da Caixa”, garantiu o presidente do Comitê de Investimento do FI-FGTS.

Em reunião nesta quarta do comitê, foi decidido ainda pela não prorrogação do FIP de Saneamento voltado para empresas estaduais. O saldo remanescente desse FIP, cujo prazo terminou em dezembro, está avaliado em cerca de R$ 800 milhões e continuará disponível para contração de obras de saneamento, mas também de outros setores.

Sobre a rentabilidade do FI-FGTS, Queiroz lembrou que dados preliminares apontam para um resultado positivo de 12,45% em 2016, após um resultado negativo de 3% em 2015, decorrente da malsucedida operação na Sete Brasil. “É importante destacar que já houve um recuperação integral de investimentos na Sete Brasil, por conta das garantias, e a expectativa é que o resultado do fundo seja bastante positivo”, afirmou. O balanço do fundo deve ser divulgado apenas em junho deste ano, após a consolidação de todos os balanços referentes a todos os investimentos no fundo.

Para o executivo, com as mudanças na gestão, o FI-FGTS está preparado para ocupar um espaço maior no financiamento da infraestrutura no País. “Queremos ocupar um papel maior, trabalhando para transformar ativos financeiros em investimentos de infraestrutura, ao mesmo tempo em que geramos um bom resultado para os trabalhadores”.

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