Destoando da tendência de alta dos preços no atacado, a inflação registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou de 0,65% em maio para 0,33% em junho. A principal contribuição para este movimento veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que saiu de 2,21% para 0,67%, influenciado pelo comportamento de preços de medicamento em geral (de 6,20% para 0,48%).

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Segundo a FGV, também foi registrado decréscimo nas taxas de variação de outras quatro classes de despesas. O grupo Alimentação passou de 0,77% para 0,12%, com destaque para o comportamento de preços das frutas (de 3,27% para -6,69%). O grupo Despesas Diversas saiu de 2,44% para 1,48%, com contribuição do item cigarros (de 5,88% para 2,74%). Em Transportes, cuja taxa saiu de -0,13% para -0,26%, o item gasolina oscilou de 0,04% para -1,18%. Já em Comunicação, grupo no qual a taxa recuou de 0,29% para 0,13%, o destaque foi para a tarifa de telefone móvel (de 0,45% para 0,24%).

Por outro lado, as outras três classes de despesas apresentaram acréscimo nas taxas de variação. O grupo Habitação saiu de 0,38% em maio para 0,69% em junho, com destaque para o comportamento do item taxa de água e esgoto residencial (de 1,43% para 4,09%). O grupo Educação, Leitura e Recreação apresentou deflação menor, de -0,13% para -0,03%, com show musical saindo de -1,94% para -0,81%. Já Vestuário avançou de 0,64% para 0,70%, puxado pelo item calçados (de 0,36% para 1,13%).

Individualmente, as maiores influências negativas no IPC-M vieram dos preços de cenoura (de -23,84% para -31,80%), gasolina (de 0,04% para -1,18%), etanol (ainda que tenha acelerado de -6,89% para -3,30%), tomate (de -6,85% para -11,18%) e mamão papaya (de 22,52% para -12,77%).

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Entre as maiores influências positivas estão a taxa de água e esgoto residencial (de 1,43% para 4,09%), leite longa vida (de 4,86% para 6,44%), plano e seguro de saúde (de 1,03% para 1,04%), feijão carioca (de 7,28% para 26,08%) e refeições em bares e restaurantes (de 0,40% para 0,54%).

Construção

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O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou de 0,19% em maio para 1,52% em junho. O índice que representa o custo da Mão de Obra saltou de 0,32% para 2,64%, com influência do reajuste de salários no setor em São Paulo e Rio de Janeiro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,26% em junho, ante 0,04% de maio.

Entre as maiores pressões de alta do INCC-M na passagem de maio para junho estão ajudante especializado (de 0,19% para 3,07%), servente (de 0,25% para 2,96%), carpinteiro (de 0,31% para 2,97%), pedreiro (de 0,30% para 2,46%) e bombeiro (de 0,44% para 3,76%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram cimento portland comum (de -0,45% para -1,73%), condutores elétricos (ainda que tenha desacelerado de -2,32% para -1,82%), massa de concreto (de -0,13% para -0,44%), compensados (de -0,57% para -0,40%) e elevador (de 0,31% para -0,06%).