O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) deve fechar o ano abaixo do patamar de 7%, avaliou o coordenador do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Em outubro, embora o IPC-S tenha acelerado na margem para 0,34% ante 0,07% em setembro, o indicador em 12 meses continua desacelerando, passando de 8,10% para 7,65% na mesma base de comparação, como divulgou a FGV nesta terça-feira, 1º de novembro.

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Picchetti afirmou que a previsão para o IPC-S no final do ano agora é de 6,9% ante previsão de 7,1% no fim de setembro. A aproximação do resultado do indicador em outubro com o núcleo, que marcou 0,42%, contribuiu para essa mudança na estimativa, conforme ele. “A boa notícia desta leitura é que finalmente o núcleo está se aproximando do índice, o que mostra uma avaliação mais fiel do que é a tendência de preços, que, nesse caso, é de continuidade da desaceleração”.

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Na análise pontual do IPC-S de outubro, Picchetti destacou a volatilidade maior do que a habitual do grupo Alimentação. Ele citou exemplos de grande amplitude de variação, como o mamão formosa (1,46% ante -23,8%), o mamão papaia (-23,8% ante 0,89%), feijão preto (0,01% ante -9,87%) e feijão carioca (-9,87% ante 0,04%). Dessa forma, o coordenador do IPC-S avaliou que os alimentos, com essa instabilidade, devem ser um tópico de preocupação para o indicador em novembro.

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O grupo Habitação deve ser outro destaque de alta em novembro, refletindo a mudança da bandeira verde para a bandeira amarela na tarifa de energia elétrica neste mês, anunciada na última sexta-feira, 28, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A previsão de Picchetti é que essa mudança impacte em 0,10 ponto porcentual o IPC-S no final do mês, que deve fechar em 0,40%.

Em contrapartida, o grupo Transportes, que tiveram a maior influência de alta na leitura fechada de outubro, não devem continuar pressionando o indicador em novembro, conforme Picchetti. “Não vejo pressões adicionais de combustíveis, na ponta etanol e gasolina já apresentaram taxas estáveis.”

Para dezembro, o professor espera taxa mais alta que 0,40% por conta da sazonalidade típica do fim do ano.