FGV prevê IPC-S menor em abril, perto de 0,60%

O Índice de Preços do Consumidor Semanal (IPC-S) deve fechar abril com uma taxa próxima a 0,60%, após alta de 0,85% em março, previu nesta terça-feira, 1, o coordenador do indicador, o economista e professor Paulo Picchetti, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo ele, a inflação de alimentos, que terminou o mês passado com elevação de 1,66%, deve arrefecer em abril, puxada principalmente por itens in natura como tomate e batata, que subiram bastante neste começo do ano, mas ainda continuará em patamar elevado.

Picchetti, porém, ressaltou que os produtos relacionados aos grãos podem avançar, influenciados pelo avanço dos preços no exterior e ainda pela expectativa de depreciação do câmbio. “Os in natura devem desacelerar. As pesquisas de ponta (mais recentes) já estão apontando para essa direção. Por outro lado, é possível perceber os efeitos da alta do atacado em bovinos e laticínios. É sazonal, ainda não reflete os problemas com a estiagem”, avaliou em entrevista à imprensa, na sede da FGV, em São Paulo. Em abril de 2013, o IPC-S fechou em 0,52%.

De acordo com o economista da FGV, o avanço das matérias-primas agrícolas no mercado internacional causa preocupação e já está afetando os preços de produtos como o pão francês, que saiu de deflação de 0,44% em fevereiro para 1,45% em março. No acumulado em 12 meses até março, a elevação do pãozinho é de 15,31%. “O impacto do aumento do trigo é mais rápido no varejo por meio do pão francês. Também já deve refletir sobre massas este mês”, estimou. )

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