As tarifas de ônibus e as mensalidades escolares seguiram pressionando a inflação percebida pelos consumidores em fevereiro. Além disso, os custos com empregado doméstico pesaram no orçamento este mês. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou a 1,39%, de 1,05% em janeiro, informou nesta sexta-feira, 13, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice foi calculado no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).

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Ao todo, quatro das oito classes de despesa pesquisadas ganharam força, segundo a instituição. Mas a maior pressão veio das tarifas de ônibus, que ficaram 7,52% mais caras, refletindo reajustes em diversas capitais. Como resultado, o grupo Transportes saltou de 0,89% em janeiro para 2,58% neste mês.

Também aceleraram os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,44% para 2,73%), impulsionado pelos cursos formais (2,80% para 5,67%); Despesas Diversas (0,63% para 1,86%), com um aumento de 3,11% nos preços de cigarros; e Habitação (1,26% para 1,35%), diante do aumento de 2,00% nos custos com empregada doméstica mensalista.

No sentido contrário, desaceleraram os grupos Alimentação (1,48% para 1,18%), Vestuário (0,17% para -0,16%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,33%) e Comunicação (0,49% para 0,38%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens carnes bovinas (3,73% para 0,20%), roupas (0,22% para -0,48%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,09% para -0,83%) e pacotes de telefonia fixa e internet (1,33% para 0,33%), respectivamente.

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Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em fevereiro, alta de 0,80%, mais do que o dobro da taxa verificada no mês anterior (0,35%). Segundo a FGV, a aceleração partiu tanto do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,38% para 0,94%) quanto do custo da Mão de Obra (0,32% para 0,67%).

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