Depois de dois meses em desaceleração, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), voltou a ganhar força em janeiro. As principais razões para essa mudança de rumo são os custos da mão de obra e algumas correções de taxas que ocorrem, costumeiramente, no início do ano.
De acordo com o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, houve reajuste salarial para trabalhadores da construção em Belo Horizonte, o que impactou o indicador de mão de obra (alta de 0,45%, ante 0,32%).
Já nos serviços, a contribuição veio de taxas como do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Em janeiro, o índice de taxas de serviços e licenciamentos subiu 0,75%. “É um movimento típico de início de ano, uma sazonalidade contratual”, explicou Quadros.
Os preços ao consumidor também sentiram forte influência de fatores que costumam aparecer nos meses de janeiro e fevereiro. O grupo Educação, Leitura e Recreação acelerou de 0,48% em dezembro para 1,72%, já captando parte do reajuste dos cursos formais. Segundo Quadros, essa alta tende a se mostrar mais forte ao longo do mês, nas apurações do IGP-M e do IGP-DI.