A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) ganhou força na primeira prévia de abril, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice subiu 0,98% até a quadrissemana encerrada no dia 7 deste mês, ante taxa apurada no IPC-S anterior, referente à ultima quadrissemana de março, de 0,86%. Ainda segundo a FGV, este foi o maior resultado desde a segunda semana de fevereiro de 2010, quando o indicador subiu 1,04%.
A aceleração foi influenciada por um cenário de inflação mais intensa nos preços dos alimentos (de 2,60% para 3,11%). Segundo a FGV, nesta classe de despesa houve fortes acelerações de preços em hortaliças e legumes (de 12,72% para 14,52%) e em laticínios (de 3,55% para 4,57%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, três apresentaram aceleração de preços ou deflação menos intensa do IPC-S de até 31 de março para o indicador de até 7 de abril. Além de Alimentação, é o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,39% para 0,49%) e Vestuário (de -0,19% para -0,15%). Já as outras classes de despesa apresentaram desaceleração ou queda mais intensa de preços, no mesmo período. É o caso de Habitação (de 0,26% para 0,22%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,20% para 0,19%), Transportes (de -0,16% para -0,48%) e Despesas Diversas (de 0,17% para 0,10%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 7 de abril, os aumentos de preços mais intensos foram apurados nos preços de tomate (46,66%), leite tipo longa vida (9,90%) e batata inglesa (12,69%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas nos preços de álcool combustível (-11,36%), gasolina (-0,87%) e manga (-13,95%).