Os preços ao consumidor desaceleraram de 0,99% em janeiro para 0,66% em fevereiro, principalmente em função do fim do impacto sazonal da educação. Mas, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o recuo nos preços não foi generalizado.

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No grupo Transportes, por exemplo, o reajuste nas tarifas de ônibus urbano no Rio de Janeiro fez com que o item registrasse alta de 1,43% em fevereiro, ante elevação de 0,32% em janeiro. “Esse efeito é o que explica boa parte do movimento em Transportes. Mas o efeito sai em março e abre espaço para um IPC menor”, disse Braz.

Além disso, a gasolina registrou leve aceleração, passando de -0,09% para 0,18%, na esteira dos aumentos observados no álcool hidratado no atacado (de 2,41% para 4,49%), que entra na sua composição. O grupo Transportes registrou alta de 0,76% em fevereiro, ante 0,62% em janeiro.

Os serviços também continuam como um ponto persistente de inflação. Apesar da perda de força na passagem de janeiro para fevereiro, de 1,20% para 0,81%, a taxa em 12 meses acelerou de 5,71% para 6,8% no período. O impulso veio de alguns itens administrados.

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Na construção civil, a desaceleração de 0,88% para 0,33% foi proporcionada pela ausência de aumentos no custo da mão de obra. Mas isso não deve se repetir neste mês. “Já há aumento previsto para março, o que pode favorecer nova aceleração do índice na margem. Mas são movimentos que fazem parte do calendário, nada que possa ser visto como efeito surpresa”, considerou Braz. (