O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria subiu 7,9 pontos no primeiro trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, informou nesta sexta-feira, 9, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador alcançou o patamar de 107,9 pontos, maior nível desde o terceiro trimestre de 2014, quando registrou 109,3 pontos.

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O Indicador de Intenção de Investimentos mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais. O objetivo é antecipar tendências econômicas.

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“O resultado do segundo trimestre mostra continuidade da tendência de aumento da proporção de empresas prevendo aumentar o volume de investimentos produtivos nos meses seguintes, um sinal de confiança na retomada da economia. Mas o nível do indicador é ainda baixo, comparável ao do final de 2014, quando a economia já estava em recessão. Além disso, quase toda a coleta para esta edição ocorreu antes da crise política deflagrada em 17 de maio, um fator de incerteza que pode atenuar o ritmo de recuperação”, diz a nota divulgada pela FGV.

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No primeiro trimestre de 2017, a proporção de empresas que preveem investir mais nos 12 meses seguintes foi de 25,6%, acima das que projetam investir menos (17,7%). Um saldo positivo entre as duas respostas que não ocorria desde o primeiro trimestre de 2015, quando os porcentuais haviam sido de 28,5% e 27,7%, respectivamente. No trimestre passado, esses percentuais haviam se igualado em 19,9%.

Quanto ao grau de certeza em relação à execução do plano de investimentos, a proporção de empresas que se declaram certas sobre os investimentos para os próximos 12 meses foi de 25,0% ante um total de 21,3% de incertas. Foi o segundo trimestre seguido em que o porcentual de empresas certas superou o das que se disseram incertas.

No trimestre anterior estas proporções haviam sido de 29,2% e 22,7%, respectivamente. “O saldo de respostas recuou, portanto, de 6,5 para 3,7 pontos, ainda positivo, mas inferior ao registrado pela pesquisa nos anos de 2014 e 2015. Como as edições anteriores da Sondagem de Investimento demonstraram, ao nível da empresa, o aumento do grau de incerteza em relação ao plano de investimentos está relacionado a um aumento da probabilidade de revisões para baixo do volume de investimentos produtivos”, diz a nota da FGV.

A coleta de dados para a sondagem divulgada hoje ocorreu entre 3 de abril e 31 de maio, com informações de 747 empresas.