A inflação percebida pelos idosos perdeu força no terceiro trimestre deste ano. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação sentida pela população idosa, que subiu 0,05% no terceiro trimestre de 2010. A taxa é menor que a apurada no segundo trimestre, quando houve avanço de 0,92%, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o IPC-3i acumula alta de 4,25% em 12 meses.
Segundo a FGV, entre as sete classes de despesa que compõem o índice, seis apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços, na passagem do segundo para o terceiro trimestre. É o caso de alimentação (de 0,01% para -1,27%), habitação (de 1,38% para 0,85%), vestuário (de 3,58% para -0,87%), saúde e cuidados pessoais (de 2,12% para 1,05%), educação, leitura e recreação (de 0,74% para 0,05%) e despesas diversas (de 1,12% para 0,33%). A única classe de despesa a apresentar fim de deflação de preços, no mesmo período, foi transportes (de -0,62% para 0,33%).
Entre os produtos pesquisados para cálculo do indicador, as mais expressivas altas de preço no terceiro trimestre foram apuradas em plano e seguro saúde (1,49%), alho (23,01%) e limão (46,36%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em batata-inglesa (recuo de 44,15%), cebola (baixa de 50,94%) e mamão papaia (queda de 38,89%). O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.