Preocupados com a piora na demanda, os empresários do setor de serviços começaram o ano de 2011 com humor em queda. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que mostrou queda de 3% em janeiro deste ano ante o mês anterior. Em dezembro do ano passado, o indicador subiu 0,3% ante novembro.

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Em uma escala de zero a 200 pontos, em que resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos e desempenhos próximos a 200 pontos são classificados como positivos, o ICS caiu de 132,2 pontos para 128,2 pontos, de dezembro para janeiro. Segundo a FGV, o patamar atual do indicador é o mais baixo desde outubro de 2009, quando estava em 126,0 pontos.

O ICS é dividido em dois componentes: o Índice da Situação Atual – S (ISA-S) e o Índice de Expectativas – S (IE-S). O ISA-S mostrou taxa negativa de 12,2% em janeiro, após subir 5,7% em dezembro. Já o IE-S subiu 5,6% em janeiro, após cair 4,4% em dezembro.

Segundo a FGV, a piora na avaliação dos empresários sobre a demanda atual foi o que mais contribuiu para o cenário negativo do indicador em janeiro. Dentro do universo de 2.289 empresas consultadas, a parcela das companhias que avalia a demanda atual como forte caiu de 34,5% em dezembro para 19,8% em janeiro. No mesmo período, subiu de 13,3% para 16,3% o porcentual de companhias pesquisadas que classificam como fraca a demanda atual.

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Mas a perspectiva para o futuro mostra sinais positivos. A parcela de empresas que preveem aumento da demanda nos próximos meses subiu de 42,2% para 47,4% de dezembro para janeiro. Já a fatia de companhias pesquisadas que projetam queda na demanda diminuiu de 11,9% para 7,7%, no mesmo período.

A pesquisa de dados para o ICS ocorreu entre os dias 3 e 28 de janeiro. O total de empresas consultadas era responsável por 744 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho no fim de 2008, segundo informações apuradas pela FGV.

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