O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina avançou 8,0% no trimestre encerrado em janeiro, para 95 pontos, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo. Em outubro, o índice trimestral havia registrado 88 pontos. De acordo com os componentes do indicador, houve melhora tanto na percepção do cenário atual quanto no futuro.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 10%, para 88 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) passou para 102 pontos, num avanço de 6,3%. Entre os países emergentes, o Brasil apresentou piora no clima econômico. O indicador do País passou de 95 pontos em outubro de 2013 para 89 pontos em janeiro deste ano, uma queda de 6,3%.
“Observa-se que o ISA e o IE do Brasil também caíram – 6% e 11%, respectivamente – e todos os indicadores estão abaixo da média histórica dos últimos dez anos”, diz o estudo. Desfavorável. Entre os 11 países contemplados pela Sondagem, oito registraram ICE em zona de avaliação favorável, acima de 100 pontos: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.
Apesar disso, o ICE geral da América Latina continua desfavorável, porque Brasil, Venezuela e México, que explicam 36% da corrente de comércio, estão na zona abaixo dos 100 pontos. “Logo, mesmo com a melhora dos indicadores dos outros países, o peso desses três leva a que o ICE da região ainda permaneça desfavorável”, disse a FGV, em nota.
No plano mundial, o ICE continuou sua trajetória de ascensão iniciada em outubro de 2012 e alcançou 114 pontos em janeiro, ficando 8 pontos acima da média dos últimos dez anos. Essa melhora está associada aos resultados dos Estados Unidos (aumento de 19,4% no ICE) e da União Europeia (4,4%).
Entre as maiores economias dos países desenvolvidos, Japão registrou queda no ICE, mas se manteve na zona favorável. A Sondagem Econômica da América Latina serve ao monitoramento e antecipação de tendências econômicas, com base em informações prestadas trimestralmente por especialistas nas economias de seus respectivos países.
A pesquisa é aplicada com a mesma metodologia em todos os países da região. Em janeiro de 2014, foram consultados 141 especialistas em 18 países. A escala oscila entre o mínimo de 20 pontos e o máximo de 180 pontos. Indicadores superiores a 100 estão na zona favorável e abaixo de 100 na zona desfavorável.