O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 1,5 ponto em julho ante junho, para 98,4 pontos, informou nesta terça-feira, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Pela métrica de médias móveis trimestrais, entretanto, o indicador manteve a tendência de queda, com recuo de 0,7 ponto. “O índice antecedente de emprego continua em nível elevado, apesar da oscilação negativa dos últimos meses. Este movimento é fruto do menor otimismo quanto à evolução da economia devido à elevação recente da incerteza. As quedas de maio e junho, possivelmente, devido ao aumento da incerteza política, parecem não indicar uma tendência de declínio nos próximos meses. Ainda existe forte otimismo quanto à geração de emprego na economia, como confirma a variação positiva do último mês”, avaliou Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,7 ponto em julho ante junho, a primeira alta do ano, atingindo o patamar de 97,3 pontos. O ICD subiu pela primeira vez após seis quedas consecutivas. “Esta pequena elevação não parece significar uma inflexão na tendência melhora do mercado de trabalho. O aumento do emprego e a redução da taxa de desemprego têm sido consistentes com a suave melhora da economia dos últimos meses. A elevação do ICD no mês surpreende, mas não muda, por enquanto, a perspectiva de redução da taxa de desemprego ao longo dos próximos meses”, completou Barbosa Filho.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, seis dos sete componentes tiveram melhora em julho. As maiores contribuições para a alta foram dos subindicadores da Indústria de Transformação e de Serviços que retratam o ímpeto de contratações para os próximos três meses, com aumentos de 4,2 pontos e de 3,9 pontos, respectivamente.
No ICD, a classe de renda que mais contribuiu para a alta do indicador foi a faixa mais baixa, consumidores com renda familiar mensal de até R$ 2.100,00, com aumento de 0,7 ponto.