Os preços da gasolina e do óleo diesel mantiveram, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da segunda semana de maio, medido até ontem, os mesmos comportamentos distintos da medição da leitura anterior do índice, apurado até o dia 7 deste mês. Segundo informação divulgada nesta sexta-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no período, a alta no valor médio da gasolina, de 0,30%, foi menor que a observada no primeiro levantamento do mês, de 0,55%. O preço do diesel, por sua vez, avançou 2,91%, bem mais do que a variação de 1,31% anterior.
Na avaliação do coordenador nacional do indicador, Paulo Picchetti, os movimentos verificados em ambos os combustíveis são um reflexo dos reajustes anunciados pela Petrobras no último dia 30 de abril, de 10% para a gasolina e de 15% para o diesel nas refinarias brasileiras. Naquele mesmo dia, para aliviar o impacto no bolso do consumidor, o governo federal anunciou uma redução na incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) mais expressiva para a gasolina que a do diesel.
"Depois de 15 dias do anúncio do aumento, o IPC-S já está captando as interferências dos ajustes nos comportamentos da gasolina e do diesel", avaliou Picchetti, sempre lembrando que o peso da gasolina na formação do indicador geral de inflação é muito superior ao do diesel.
Por isso, apesar de subir muito menos no período, a contribuição da gasolina para a alta do índice, de 0,01 ponto porcentual, não ficou muito distante da gerada pelo diesel, de 0,03 ponto porcentual.
A FGV informou hoje que a inflação no varejo medida pelo IPC-S recuou para 0,70% na segunda prévia de maio (preços coletados até ontem, dia 15), após registrar alta de 0,83% na semana anterior (até 7 de maio). O IPC-S é medido em sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Álcool
Quanto ao álcool combustível, que tem sido consumido em uma escala cada vez maior no Brasil, a FGV detectou uma aceleração no preço.
Se, na primeira leitura do mês a variação foi zero, na segunda, o IPC-S mostrou uma alta de 0,15% para o álcool. O combustível também ainda tem um peso muito pequeno na inflação apurada pela instituição e representou apenas 0,006 ponto porcentual do índice geral.