Embora os alimentos permaneçam mais baratos, as famílias de baixa renda gastaram mais em outubro com todas as demais classes de despesas que integram o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), divulgado nesta sexta-feira, 4, pela Fundação Getulio Vargas (IFGV).

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A variação dos preços do grupo Alimentação foi a única a permanecer no negativo, embora tenha diminuído o ritmo de queda: passou de -0,52% em setembro para -0,21% em outubro. Entre os itens que pressionaram o grupo estão hortaliças e legumes (de -7,76% em setembro para 1,16% em outubro); frango inteiro (de 2,29% para 2,81%) e cerveja (de -0,39% para 3,15%). Na direção oposta, ajudaram a conter a taxa os itens leite longa vida (de -8,74% em setembro para -12,98% em outubro); feijão-carioca (de -5,02% para -9,60%); banana-prata (de -8,92% para -5,04%) e ovos (de -1,77% para -4,43%).

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Todos os demais grupos tiveram aceleração: Habitação (de 0,39% em setembro para 0,49% em outubro), Transportes (de -0,11% para 0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,06% para 0,36%), Vestuário (de 0,03% para 0,31%), Despesas Diversas (de -0,41% para 0,02%), Comunicação (de 0,11% para 0,76%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,21% para 0,28%).

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Os destaques foram os itens taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 0,61%), gasolina (de -1,36% para 1,93%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,60% para 0,50%), roupas (de -0,03% para 0,21%), cigarros (de -0,95% para

-0,54%), tarifa de telefone móvel (de 0,01% para 1,51%) e show musical (de -2,91% para -1,08%).

A taxa de 0,18% do IPC-C1 de outubro foi inferior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,34% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.

No acumulado em 12 meses, entretanto, o IPC-C1 ficou em 8,11% em outubro, resultado maior que o do IPC-BR, que avançou a 7,65% em igual período.