A queda do novo Índice de Confiança de Serviços (ICS) nos últimos dois meses foi gerada exclusivamente pela deterioração da percepção dos empresários do setor quanto à evolução dos negócios no futuro. De acordo com a pesquisa divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o chamado Índice de Expectativas (IE) – uma das duas componentes do ICS – cai desde março. Em fevereiro, o IE estava em 153,7 pontos. Desde então, recuou para 153 pontos em março, 148,6 pontos em abril e 147,4 pontos em maio.
Para o responsável pela pesquisa, o consultor da FGV Silvio Sales, a queda das expectativas dos empresários “sugere alguma acomodação da atividade do segmento de serviços, exatamente em linha com a expectativa de que a economia deve desacelerar até o fim do ano”. Durante a primeira apresentação do indicador à imprensa, o pesquisador mostrou uma série de dados coletados nos últimos 24 meses, relativos à perspectiva futura, o IE, que confirmam a aderência do indicador com a evolução do PIB do setor de serviços no período.
Enquanto a evolução das expectativas futuras é negativa, o comportamento do Índice da Situação Atual (ISA) – o outro componente do ICS – tem sido de estabilidade. O número saiu de 110,5 pontos em fevereiro para 118 pontos em março. Em abril e maio, o dado seguiu sem alteração, em 119,4 pontos.