A queda nos preços da tarifa de energia elétrica foi o principal fator de influência para que a inflação entre idosos (IPC-3i) de 2013 fosse menor do que a inflação medida entre consumidores de todas as faixas etárias (IPC-Br). O IPC-3i teve alta de 5,48% no ano passado, enquanto o IPC-Br subiu 5,63%.
De acordo com o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o peso desse gasto é maior no orçamento dos idosos. “Eles não saem para trabalhar. Por isso, a despesa com tarifa elétrica é maior.” A FGV considera que 3% da renda dos consumidores da terceira idade é destinada à conta de luz, enquanto no índice geral esse peso é de 2,5%.
Na contramão, a alta de 8,08% do plano de seguro-saúde (que compromete 8% do orçamento dos idosos) impediu um alívio mais intenso dos gastos. O aluguel, que subiu 9,25% no ano e tem um peso maior do que para os mais jovens, também foi um impacto importante, ressaltou Braz.
No último trimestre do ano, as variações climáticas típicas de verão provocaram alta nos alimentos in natura, enquanto o câmbio ainda impactou o trigo e seus derivados em outubro e no início de novembro. Com isso, a inflação dos idosos acelerou a 2,10% no quarto trimestre, contra 0,19% nos três meses anteriores.