FGV eleva previsão do IPC-S de 2014 para 6,3%

A taxa do Índice de Preços do Consumidor Semanal (IPC-S) acumulada em 12 meses deve romper o teto de 6,50% estabelecido para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na virada do primeiro para o segundo semestre. A avaliação foi feita nesta terça-feira, 01, pelo coordenador do IPC-S, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. Segundo ele, a alta de 6,10% do IPC-S em 12 meses até março ultrapassou a marca de 6,00% pela primeira vez desde junho de 2013, quando fora de 6,21%. “A inflação acumulada está acelerando”, disse.

De acordo com Picchetti, como não há sinais de alívio na inflação acumulada em 12 meses à frente, ele alterou a projeção do IPC-S fechado de 2014, de 5,90% para 6,30%. Conforme o professor, os preços dos alimentos – ainda que possam desacelerar em abril – deverão seguir elevados. Os preços administrados, disse, também deverão pressionar o IPC-S ao longo deste ano. “Neste início do ano, a inflação como um todo está acelerando. No início de 2013, os principais movimentos de alta eram alimentos – que estavam elevados, mas desacelerando. No caso dos administrados, houve a desoneração de alguns produtos e setores, como o da energia elétrica. Agora, os administrados devem devolver (um pouco a alta)”, comparou.

Segundo o coordenador, neste começo de 2014, a inflação de alimentos está saindo de um patamar alto, mas ainda há sinais de aceleração de preços, caso de laticínios e bovinos. “E ainda no caso dos administrados em 12 meses há o efeito do aumento dos cigarros, de aluguel e de condomínio. Portanto, os alimentos devem voltar a acelerar (à frente) e os administrados, também. São os principais movimentos dentro do índice. A trajetória é desfavorável para esses dois componentes”, avaliou.

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