O humor dos empresários do setor de serviços continuou negativo em novembro, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,3% em novembro ante o mês anterior. Em outubro, o indicador também havia mostrado queda, de 0,9%, em relação a setembro. O desempenho de novembro foi a terceira queda seguida do indicador, que acumula um recuo de 2,2% desde agosto.

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Em uma escala de zero a 200 pontos, onde resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos e desempenhos próximos a 200 pontos são classificados como positivos, o ICS saiu de 132,2 pontos para 131,8 pontos de outubro para novembro.

A FGV informou que, com o resultado, o índice de média móvel trimestral do setor de serviços, usado para mensurar tendências, começou a apresentar trajetória declinante e apontou para um quadro de desaceleração do ritmo de atividade do setor. A fundação disse que o índice se posicionou, em novembro, 0,7 ponto abaixo da média apurada para o ano de 2010.

A queda do ICS em novembro foi influenciada pela avaliação menos favorável em relação ao momento presente. Assim como o Índice de Confiança da Indústria (ICI) e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também produzidos pela FGV, o ICS é dividido em dois subindicadores. O Índice da Situação Atual – S (ISA-S) mostrou taxa negativa de 2,5%, após registrar taxa positiva de 3,7% em outubro. Já o Índice de Expectativas – S (IE-S) subiu 1,8% em novembro, após cair 4,6% em outubro.

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A insatisfação com a demanda atual foi o que derrubou a avaliação dos empresários do setor sobre o momento presente. Das 2.234 empresas consultadas na pesquisa, 27,9% avaliam a demanda atual como forte e 13,3% a classificam como fraca. Em outubro, os porcentuais de empresas pesquisadas com estas mesmas respostas haviam sido melhores, de 28,8 % e 10,8%, respectivamente. A pesquisa de dados para o ICS ocorreu entre os dias 3 e 29 de novembro. O total de empresas consultadas era responsável por 771 mil pessoas ocupadas ao fim de 2008.