O humor dos empresários do setor de serviços continuou negativo em junho. É o que informou nesta quarta-feira (6) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao anunciar queda de 1,4% para o Índice de Confiança de Serviços (ICS) para o mês passado, contra mês anterior – recuo idêntico ao de maio.
Em uma escala de até 200 pontos, onde resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos, o ICS caiu de 133,5 pontos para 131,6 pontos, de maio para junho. A FGV informou que, apesar da segunda queda consecutiva, o indicador ainda se mantém 6,9 pontos acima da média histórica, próximo ao de junho do ano passado. No indicador de média móvel trimestral, usado para mensurar tendências, o ICS apresenta estabilidade pelo terceiro mês consecutivo.
O ICS é dividido em dois subindicadores. O Índice da Situação Atual – S (ISA-S) mostrou taxa negativa de 2,8% em junho após cair 2,1% em maio. Já o Índice de Expectativas – S (IE-S) caiu 0,3% em junho após mostrar queda de 0,7% em maio.
Entre os fatores que ajudaram a compor o cenário negativo está a insatisfação com a demanda. Das 2.518 empresas consultadas, a parcela das que classificam a demanda atual forte caiu de 26,3% para 22,8% de maio para junho. Já o porcentual das companhias que a consideram a demanda atual fraca subiu de 13,9% para 15,1%.
Quanto ao futuro, a parcela de empresas que prevê melhora dos negócios no período entre junho e novembro diminuiu de 51,9% em maio para 50% em junho. Já a fatia das que esperam piora também diminuiu, mas em menor magnitude: de 3,3% para 2,8% do total.
A pesquisa para o ICS ocorreu entre os dias 2 e 29 de junho. O total de empresas consultadas era responsável por 753 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho ao final de 2008, segundo informações apuradas pela FGV.