A confiança dos empresários do setor de serviços voltou a mostrar recuo. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao anunciar queda de 1,3% para o Índice de Confiança de Serviços (ICS) em agosto, após alta de 0,8% em julho.
Em uma escala de até 200 pontos, onde resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos, o ICS caiu de 132,6 pontos para 130,8 pontos, de julho para agosto, o menor nível desde janeiro deste ano (128,2 pontos). Em agosto, o índice ficou 4,6% acima da média histórica, mas 2,9% abaixo do apurado em igual mês no ano passado. O indicador de média móvel trimestral de agosto do ICS foi de 131,7 pontos, o menor desde março passado (131,1 pontos).
A queda do ICS em agosto foi influenciada principalmente por perspectivas menos otimistas para os próximos meses. O ICS é dividido em dois subindicadores. O Índice da Situação Atual – S (ISA-S) mostrou queda de 0,5% no mês passado após estabilidade (0,00%) em julho. Já o Índice de Expectativas – S (IE-S) caiu 2% em agosto, após avançar 1,4% no mês anterior. No caso do IE-S, o índice registrou 146,5 pontos em agosto, o menor nível desde janeiro de 2011 (143,2 pontos).
O menor otimismo quanto ao futuro dos negócios ajudou a derrubar o indicador. Das 2.659 empresas consultadas, a parcela de empresas que preveem melhora dos negócios no próximo semestre diminuiu de 54,9% em julho para 49,9% em agosto. Já a fatia das companhias que esperam piora aumentou de 3,6% para 4,2%, de julho para agosto.
A pesquisa para o ICS ocorreu entre os dias 3 e 30 de agosto. O total de empresas consultadas era responsável por 743 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho ao final de 2008, segundo informações apuradas pela FGV.
