FGV: confiança do consumidor sobe 2,5% em abril

O consumidor voltou a mostrar sinais de bom humor em abril. É o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desse mês, que subiu 2,5% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. A FGV revisou ainda a taxa do ICC de março ante fevereiro, de -0,7% para 0,6%. Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 96,1 pontos em março para 98,5 pontos em abril.

Em seu informe, a fundação informou que, com o resultado, em abril de 2009, “o índice recuperou parte das perdas ocorridas nos últimos meses, considerando-se dados com ajuste sazonal”.

O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou queda de 1,0% em abril, após cair 1,4% em março; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou alta de 5% em abril, após subir 2,8% em março. Os dados de março desses dois índices também foram atualizados pela fundação, e apresentavam, respectivamente, taxa negativa de 1,1% e variação zero.

Ainda segundo a fundação, o ICC caiu 13,2% na comparação com abril do ano passado. Em março, o ICC apresentou queda de 17,9% nesse mesmo tipo de comparação.

O índice é composto por cinco quesitos da “Sondagem das Expectativas do Consumidor”, apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal). O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 31 de março e 20 de abril.

Intenção de compra

A melhora na intenção de compra de bens duráveis influenciou a alta do ICC em abril. Segundo comunicado da FGV, essa avaliação mais favorável na intenção de compras foi determinante para o aumento em abril de 5,0% no Índice de Expectativas.

Ao detalhar o resultado, a fundação informou que a proporção de consumidores pesquisados que planejam gastar mais com duráveis nos próximos seis meses subiu de 9,6% para 12,6%,de março para abril. No mesmo período, a parcela dos entrevistados que pretendem gastar menos caiu de 38,2% para 36,9%.

A fundação comentou, contudo, que o consumidor este mês continuou a avaliar negativamente a situação da economia local. De março para abril, a parcela de consumidores entrevistados que avaliam a situação como boa caiu de 7,3% para 7,0% do total; a dos que a julgam ruim subiu de 52,7% para 53,6%.

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