A confiança do consumidor recua 1,2 ponto em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 90,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,3 ponto.

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“A confiança do consumidor caiu ligeiramente após subir 2 pontos no mês anterior. Há uma percepção de piora da situação financeira familiar principalmente para os consumidores com menor poder aquisitivo, que pode estar relacionada à pressão recente nos preços de alimentos. Em relação ao futuro, houve redução do ímpeto de compras de duráveis, tendência que pode implicar num efeito redutor sobre o consumo nos próximos meses, caso se mantenha. Para que a confiança avance mais rapidamente, continua sendo necessária a aceleração da recuperação do mercado de trabalho e a redução da incerteza que ainda se mantém em níveis altos em termos históricos”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 0,9 ponto em janeiro, para 78,7 pontos, após duas altas consecutivas. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,4 ponto, para 98,9 pontos, abaixo da zona de neutralidade.

O componente que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses caiu 5,4 pontos em janeiro ante dezembro, para 76,3 pontos, o menor nível desde maio de 2017. Segundo a FGV, o resultado parece estar relacionado com uma piora da percepção dos consumidores sobre a situação financeira da família no momento. O componente que mede a satisfação com as finanças familiares caiu 3,2 pontos, para 73,2 pontos.

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Houve queda da confiança entre os consumidores de todas as faixas de renda, exceto para aqueles com renda familiar mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil. Entre as famílias de maior poder aquisitivo, com renda familiar mensal superior a R$ 9,6 mil, a confiança recuou 2,4 pontos, influenciada pela redução no ímpeto de compra de bens duráveis nos próximos meses.

A Sondagem do Consumidor da FGV coletou informações de 1.692 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 e 21 de janeiro.

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