O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,7 ponto em março ante fevereiro, alcançando 82,1 pontos. Dessa forma, o primeiro trimestre foi encerrado com uma alta de 2,9 pontos ante o trimestre anterior e de 7,2 pontos, sem ajuste sazonal, sobre o mesmo trimestre de 2017.

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A coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Ana Maria Castelo, afirma que, neste mês, a confiança no setor retomou a trajetória positiva observada desde junho do ano passado. Segundo ela, a alta apurada no trimestre “reforça as projeções de crescimento setorial”. “Por outro lado, os sinais positivos ainda estão restritos a poucas atividades, destacando-se principalmente o segmento de Edificações”, pondera.

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O avanço da confiança da construção no mês está relacionado a melhores avaliações sobre a situação corrente e sobre as expectativas. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) aumentou 0,9 ponto, atingindo 71,4 pontos, o maior nível desde julho de 2015 (71,7 pontos). A principal contribuição para esse movimento foi a percepção sobre a situação atual da carteira de contratos, que avançou 1,4 ponto, passando a 68,9 pontos. Mas a FGV destacou que esse indicador ainda está 30 pontos abaixo da média de 2013, último ano de crescimento do setor.

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O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu em março, com alta de 0,5 ponto, atingindo 93,2 pontos, com destaque para a demanda para os três meses seguintes, que cresceu 1,4 ponto, na margem, para 92,1 pontos.

Já o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) continuou recuando (-0,5 ponto) e chegou a 65%. Em relação aos NUCIs para Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos, as variações foram opostas: -0,7 e 1,1 ponto porcentual, respectivamente.

Edificações

Segundo a FGV, a alta da confiança registrada pelo segmento de Edificações reflete exclusivamente a percepção mais favorável dos empresários do ramo Residencial: nos primeiros três meses do ano, o ICST de Edificações Residencial foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança do setor.

A instituição ainda avalia que esse desempenho da confiança de Edificações Residenciais indica que a situação do segmento continuou favorável no início de 2018 depois de melhores dados no ano passado. Em 2017, segundo a FGV, os resultados da Associação Brasileira de Incorporação Imobiliária (ABRAIC) mostram que houve aumento no número de lançamentos (29,7%) e nas vendas (15,3%) ante 2016, enquanto o volume de distratos – cancelamento de vendas – diminuiu.

“O cenário mais positivo para as empresas do ramo imobiliário residencial corrobora a percepção de que o crescimento do setor em 2018 será impulsionado pela habitação. Mas é importante lembrar que este desempenho continua muito concentrado nos empreendimentos do Programa MCMV, que é dependente dos recursos do FGTS e da Caixa Econômica Federal”, apontou Ana Castelo.