O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu levemente (0,4 ponto) em julho, atingindo 74,6 pontos.
O aumento da confiança no mês foi resultado das melhores avaliações da situação presente e das perspectivas para o curto prazo. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) cresceu 0,5 ponto, para 64,4 pontos, com destaque para o indicador que mede a satisfação com a situação corrente dos negócios, que avançou 1,4 ponto, para 67,2 pontos, maior nível desde janeiro de 2017 (67,4 pontos).
O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 0,3 ponto, atingindo 85,1 pontos. A maior contribuição para esta evolução veio do indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que avançou 0,8 ponto, para 86,8 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) interrompeu uma série de cinco quedas consecutivas ao ter elevação de 0,3 ponto porcentual em julho, alcançando 61,8%.
Segundo os participantes da pesquisa, a queda da demanda, assim como o encarecimento e as dificuldades de acesso ao crédito são os principais fatores que estão limitando o avanço da atividade e provocando desconforto ao setor, mas a coordenador de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, ressalta que o pior momento já passou.
“O avanço do ICST fortalece a percepção de que o pior momento da crise ficou para trás – o patamar mais baixo do indicador foi registrado em abril do ano passado. O ICST de julho, no entanto, está apenas 7 pontos acima do mínimo histórico e mais de 25 pontos abaixo da média. O lento crescimento e as idas e vindas da confiança nos últimos meses sinalizam um quadro ainda bastante frágil para a atividade da construção, no qual as bases para retomada ainda não estão garantidas”, avaliou.