Com a piora das expectativas dos analistas quanto ao futuro da economia latino-americana, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina caiu de 6,0 pontos para 5,8 pontos entre julho e outubro de 2010. O resultado consta da Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria entre o Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A sondagem é trimestral e suas respostas são usadas para elaboração do ICE, que é calculado com base em uma escala de 0 a 9 pontos. De acordo com comunicado das instituições, o pessimismo quanto ao futuro é perceptível nos resultados dos dois subindicadores que formam o ICE. Enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) manteve-se em 5,8 pontos no período, o Índice de Expectativas (IE) recuou de 6,2 pontos para 5,8 pontos de julho para outubro.
No entanto, o instituto IFO e a FGV informaram que os patamares do ISA e do IE em outubro deste ano na América Latina foram superiores aos níveis médios dos últimos dez anos. Isso, nos parâmetros do indicador, sinaliza que a região ainda se encontra na fase de “boom econômico”. A terceira queda consecutiva no resultado do IE confirma o diagnóstico realizado na pesquisa anterior, de um cenário de “boom cauteloso” para a economia latino-americana. A sondagem ouviu 145 especialistas em 17 países durante o mês de outubro.