O Brasil continuou a mostrar em julho o segundo melhor clima econômico entre os países da América Latina, perdendo apenas para o Peru, que ocupa a primeira posição. A informação consta da Sondagem Econômica da América Latina, feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a pesquisa, o Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil subiu de 7 pontos para 7,4 pontos de abril para julho, dentro de uma escala de zero a 9 pontos. O indicador é calculado com base nas respostas obtidas na sondagem.
De abril a julho, a avaliação da situação atual econômica brasileira melhorou entre os analistas de mercado financeiro consultados. No entanto, o humor dos especialistas quanto aos rumos futuros da economia no País se tornou menos otimista.
Entre os 11 países pesquisados para a sondagem, apenas quatro apresentaram em julho ICE acima da média do indicador na região latino-americana, que foi de 6,0 pontos. Além do Brasil, este é o caso de Peru (7,1 pontos), Uruguai (6,4 pontos) e Chile (6,4 pontos). Os outros países ainda mostram clima econômico abaixo da média. É o caso de Paraguai (5,2 pontos), Colômbia (5,3 pontos), Argentina (4,5 pontos), México (4,2 pontos), Bolívia (4,5 pontos), Equador (4,1 pontos) e Venezuela (2,7 pontos).
América Latina
Favorecido pela melhora nas condições da economia latino-americana, que está em uma fase de “boom” do ciclo pela primeira vez desde julho de 2007, o ICE da América Latina subiu de 5,6 para 6,0 pontos entre abril e julho de 2010. Segundo as instituições, houve uma melhora na avaliação dos analistas quanto à situação atual da economia latino-americana no período.
Porém, mesmo com o avanço do ICE, a sondagem mostra que estão menos otimistas as expectativas dos especialistas quanto aos rumos futuros da economia na América Latina para os próximos meses. Isso é perceptível nos resultados dos dois subindicadores que formam o ICE. De acordo com as entidades, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu de 4,7 para 5,8 pontos, entre abril e julho. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou de 6,4 para 6,2 pontos no período.
Mesmo com a melhora, as instituições informam que a situação da economia latino-americana sugere “cautela”. As organizações avaliam que os especialistas consultados não pareciam estar seguros da solidez da recuperação econômica regional. A piora na avaliação das expectativas na economia dos 11 países analisados para a sondagem não foi uma novidade: a sondagem começou a apresentar sinais de uma trajetória declinante para as perspectivas econômicas na região a partir de outubro do ano passado. Na sondagem, foram ouvidos 149 especialistas em 17 países durante o mês de julho.