No primeiro mês de 2010, a economia da América Latina continuou em recuperação após a crise global, que marcou o ano passado, mas o ritmo econômico da região ainda não alcançou os bons resultados registrados no cenário pré-crise, em meados de 2008. A conclusão consta da Sondagem Econômica da América Latina, divulgada hoje e feita em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich (Instituto IFO) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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De acordo com os dados, o Índice de Clima Econômico (ICE) da América Latina atingiu patamar de 5,6 pontos em janeiro deste ano, acima do desempenho de 5,2 pontos apurado na pesquisa anterior, referente a outubro de 2009. Resultados abaixo de cinco pontos indicam “clima ruim”, enquanto desempenhos acima disso são considerados positivos.

Na prática, o ritmo da economia da América Latina acompanha a velocidade de recuperação da economia mundial, após a crise global. O resultado de janeiro, de acordo com as instituições, foi impulsionado por uma melhora na avaliação sobre o momento presente na economia.

De outubro do ano passado a janeiro deste ano, o Índice de Expectativas (IE), um dos dois componentes do ICE, avançou de 3,3 para 4,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiu de 7 para 7,1 pontos. Para as instituições, o ISA mostra uma sinalização de otimismo do mercado financeiro em relação às economias latino-americanas durante o primeiro semestre de 2010.

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Brasil

Em janeiro, o clima econômico do Brasil foi o melhor da América Latina pela segunda vez consecutiva. Entre 11 países pesquisados, o Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil em janeiro foi de 7,8 pontos, acima do desempenho anterior, de outubro do ano passado, de 7,4 pontos. O resultado também foi o mais elevado entre as nações utilizadas na pesquisa.

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Em comunicado, as instituições comentam que a economia brasileira continuou em ritmo de expansão no primeiro mês do ano, após enfrentar a crise global em 2009. Na pesquisa anterior, o Brasil também tinha mostrado o melhor ICE entre os 11 países pesquisados. Assim como no levantamento anterior, o desempenho de clima econômico do Brasil em janeiro ficou acima da média do ICE da América Latina para o mesmo mês (5,6 pontos).

De acordo com o informe, o Brasil ainda permanece em segundo no ranking de clima econômico dos países da América Latina, perdendo para o Peru, que permanece na primeira posição. Isso porque o ranking não leva em conta apenas o resultado mais recente do ICE, mas sim a média de pontuação do indicador nos últimos quatro trimestres. Por isso, o Peru continua a apresentar um clima econômico médio superior ao do brasileiro nos últimos quatro trimestres.

Ao analisar o desempenho de clima econômico nos 11 países pesquisados, as entidades comentam que, em janeiro, cinco nações estão em fase de expansão econômica. Além do Brasil, este é o caso de Argentina, Chile, Peru e Uruguai.

Bolívia, Colômbia, Equador, México e Paraguai estão em fase de recuperação na economia. Por fim, a Venezuela é o único país da América Latina, entre os analisados, que permanece em recessão na região. A Sondagem Econômica da América Latina é trimestral. Para a pesquisa de janeiro foram consultados 139 especialistas em 17 países.