FGV: alimentos puxam desaceleração de preços em SP

Mais uma vez, a perda de força da inflação dos alimentos in natura levou a uma desaceleração de preços no varejo em São Paulo, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). Segundo informou hoje o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, houve desaceleração de preços em hortaliças e legumes (de 5,97% para 1,94%) e em frutas (de 13,91% para 7,49%) na cidade. “Os preços já subiram muito e agora começam subir menos”, comentou.

As outras capitais também sofreram a influência dos alimentos in natura mais baratos, o que ajudou na desaceleração da taxa do IPC-S em várias capitais. “Tanto que, das sete capitais pesquisadas, seis apresentaram decréscimos nas taxas do IPC-S”, completou o economista. Além dos alimentos in natura, o setor de alimentação contou com a intensificação da queda de preços do leite tipo longa vida (de -11,75% para -12,79%) na capital paulista. Isso derrubou a taxa de inflação do grupo Alimentação como um todo (de 1,08% para 0,05%) em São Paulo. “Essa desaceleração de preços no grupo Alimentação foi o que mais contribuiu para a taxa menor do IPC-S na cidade”, afirmou.

Para o economista, é possível que as taxas do IPC-S nas sete cidades continuem a sofrer a influência benéfica de alimentos mais baratos, o que pode contribuir para nova desaceleração nas variações de preços do índice, principalmente em São Paulo. “Hortaliças e legumes ainda acumulam alta de 21,51% em 12 meses em São Paulo. No caso de frutas, a taxa de elevação de preços acumulada é de 15,34%. Ou seja, ainda temos muita ‘gordura’ para queimar entre os alimentos in natura, visto que os preços subiram muito no passado”, afirmou.

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