Os alimentos voltaram a ficar mais caros no último mês do ano e pressionaram a inflação ao consumidor no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), informou nesta sexta-feira, 6, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice avançou 0,83% em dezembro, após subir 0,05% em novembro.
O Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI) subiu 0,33%, em dezembro, ante alta de 0,17% em novembro. Sete das oito classes de despesa tiveram taxas de variação mais elevadas.
A contribuição de maior magnitude para o avanço no IPC-DI partiu do grupo Alimentação, que saiu de queda de 0,12% em novembro para alta de 0,44% em dezembro, com influência de itens como as frutas, cuja taxa passou de 1,87% para 4,06% no período.
Também apresentaram acréscimos os grupos: Transportes (de 0,42% para 0,78%), Vestuário (de -0,13% para 0,73%), Despesas Diversas (de -0,12% para 1,50%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,43% para 0,95%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,54% para 0,71%) e Comunicação (de -0,02% para 0,25%).
Os destaques foram os itens gasolina (de -0,09% para 2,05%), roupas (de -0,19% para 0,95%), cigarros (de -0,61% para 3,31%), passagem aérea (de 8,66% para 18,04%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,54% para 0,94%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de -1,52% para 0,71%).
Na direção oposta, o grupo Habitação passou de alta de 0,17% em novembro para redução de 0,67% em dezembro, puxado pela tarifa de eletricidade residencial, que passou de 0,00% para -5,87%.
O núcleo do IPC-DI registrou taxa de 0,46% em dezembro ante 0,36% em novembro. Dos 85 itens componentes do IPC-DI, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 64,20% em dezembro ante 59,17% em novembro.