Na passagem de junho para julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), reduziu o ritmo de deflação, ao passar de queda de 1,44% para retração de 1,11%, com contribuição do grupo Bens Finais, que passou de declínio de 1,53% em junho para queda de 0,71% em julho.
Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura, com taxa de variação de -7,71% em julho, ante -12,73% em junho. O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, teve avanço de 0,06%, ante variação negativa de 0,02% em maio.
O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA também diminuiu o ritmo de queda, ao sair de -0,34% em junho para -0,26% em julho. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo suprimentos – a taxa de variação passou de queda de 0,47% para alta de 0,55%. Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, teve queda de 0,26% em julho, contra recuo de 0,35%, em junho.
Também registrou abrandamento da deflação, porém em menor intensidade, o grupo Matérias-Primas Brutas, que passou de queda de 2,63% para recuo de 2,60% no período. No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pelo desempenho foram café em grão (de -10,70% para -3,22%), laranja (de -15,18% para -0,95%) e mandioca (de -9,41% para 0,19%).
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências de baixa no IPA de maio estão minério de ferro (de -4,64% para -6,37%), soja em grão (de 1,55% para -5,00%), milho em grão (de -8,88% para -10,31%), batata-inglesa (de -22,92% para -30,45%) e tomate (de -28,03% para -17,06%).
Já na lista de maiores influências de alta estão suínos (de -1,27% para 4,84%), bovinos (de -0,28% para 0,59%), aves (de -1,75% para 1,41%), leite industrializado (de 0,96% para 2,22%) e cerveja e chope (de 0,42% para 1,14%).