O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) terá novos conselheiros a partir do final do mês. No lugar de Adalberto Schettert e Marcos Lisboa, segundo apurou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), entrarão a ex-diretora da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Ana Novaes, e o ex-vice-presidente do Bradesco, Júlio Araujo.
Os nomes dos novos conselheiros serão indicados em assembleia geral ordinária do Fundo, que ocorre em 28 de abril. Outros nomes, conforme fontes, chegaram a ser cogitados, mas prevaleceu os de Ana e Araujo, que já teriam sido apresentados às instituições financeiras associadas.
Schettert já deixou o fundo em janeiro por motivos pessoais, mas de qualquer forma seu mandato venceria agora, conforme fontes. Portanto, o FGC preferiu esperar a AGO de abril. Já Marcos Lisboa completou dois mandatos na posição, limite determinado nas normas do fundo. O primeiro é de um ano renovável por mais três.
Recentemente, o FGC anunciou o economista André Loes como diretor-executivo do Fundo. Ele deixou o cargo de economista-chefe do HSBC para ocupar a vaga aberta desde a saída de Celso Antunes, em 2013. Com as modificações dos dois conselhos, o quadro do FGC, conforme fontes, estaria completo.
Tradicionalmente, as instituições associadas ao Fundo se reúnem em assembleia geral em abril para eleger os membros do conselho de administração, do conselho fiscal, da diretoria executiva e do conselho consultivo. Outras atribuições são a análise das demonstrações financeiras do FGC e fixação do limite global de remuneração do conselho de administração, da diretoria executiva e do conselho fiscal, a ser distribuída entre os membros da entidade.
Criado em 1995 com o objetivo de garantir créditos a investidores contra instituições associadas em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial, o FGC assumiu papel relevante no socorro a bancos no Brasil. Recentemente atuou junto ao BTG Pactual para atenuar a crise de liquidez desencadeada com a prisão do seu ex-controlador André Esteves.
Atualmente, o Fundo, com mais de R$ 45 bilhões em ativos totais, garante créditos e títulos cobertos de até R$ 250 mil. Detinha patrimônio social de R$ 44,323 bilhões ao final de junho passado. Procurado, o FGC não se manifestou.