economia

Fevereiro teve melhor resultado primário para mês desde 2015, diz BC

A recuperação da atividade, o controle de gastos e a queda do juro têm levado os resultados fiscais para o melhor patamar desde 2015. A avaliação foi feita pelo chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha. “A recuperação dos resultados está alinhada com a retomada da economia”, disse o técnico ao apresentar os números à imprensa.

Segundo o BC, o déficit primário de R$ 17,414 bilhões registrado em fevereiro é o melhor resultado para o mês desde 2015. “Essa recuperação foi gerada basicamente por receitas recorrentes e controle de despesas”, disse Rocha, ao comentar que a recuperação da economia tem elevado a arrecadação de impostos.

Mesmo com o déficit de fevereiro, o bimestre terminou com superávit primário devido ao forte resultado de janeiro. Nos dois meses, o primário somou R$ 29,527 bilhões. Nesse caso, disse o técnico, esse é o melhor resultado para o período desde 2012.

Também houve destaque na conta de juros. A conta paga de R$ 28,393 bilhões no mês passado foi o menor para o mês desde 2014. Rocha explicou que a redução da taxa Selic tem sido mais significativa que o aumento nominal da dívida pública que ocorre normalmente com a incorporação dos juros da dívida.

Dívida

A dívida líquida do setor público alcançou 52,0% em fevereiro, o maior patamar desde julho de 2004, de acordo Fernando Rocha.

Ele ressaltou que o aumento tanto na dívida líquida quanto na dívida bruta já era esperado dados os resultados deficitários acumulados pelo setor público nos últimos meses, que elevam a necessidade de emissão de papéis pelo Tesouro Nacional. “A dívida tende a crescer na medida em que você tem resultados deficitários”, lembrou.

Apesar do endividamento crescente, Rocha chamou a atenção para a redução na conta de juros no primeiro bimestre de 2018 para R$ 56,707 bilhões, ante R$ 67,189 bilhões no mesmo período do ano passado.

O principal fator para essa queda foram os cortes na taxa Selic. Em janeiro e fevereiro, a Selic efetiva acumulada em 2018 foi 1,05%, enquanto, no mesmo período de 2017, o porcentual foi de 1,96%. Ele lembrou que houve variação também no IPCA do período, de 0,71% para 0,61%, mas que a queda da Selic foi mais relevante.

Mesmo com o déficit de R$ 17,414 bilhões registrado pelo setor público em fevereiro, Rocha ressaltou o superávit de R$ 4,529 bilhões dos governos regionais do mês passado. “O resultado superavitário dos governos regionais permanece significativo”, avaliou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo