O mês de junho tradicionalmente não traz apenas uma prévia do frio que virá no mês seguinte, com ele também chegam os períodos festivos de inverno. É justamente nesta época que pessoas se permitem exageros, seja pelo frio ou mesmo pela culinária mais atrativa e típica da época. As festas juninas têm diferentes características em todo o País, mas uma particularidade em comum entre elas são as fantasias, presentes em todas as regiões, e a culinária a base de milho e amendoim.
Escolas, igrejas, para onde se olha há uma festa. E nela, ao menos uma pessoa fantasiada. As fantasias variam, mas o tema é o mesmo. Caipira. Os preços, assim como as fantasias, também variam. É possível comprar um vestido de festa a partir de R$ 30, tanto para adulto quanto para criança. O preço varia, e uma fantasia pode chegar a custar R$ 180. “O vestido vem da Paraíba, é diferente dos que se encontram por aqui”, explica Zenaide Nozzoli, proprietária de uma casa de festas especializada em fantasias.
Um investimento, segundo Glauci Weiss, desnecessário. A filha de apenas nove anos irá dançar quadrilha na escola, o que forçou a mãe a procurar uma fantasia, mas “levando em consideração que o ano que vem ela não vai mais usar o mesmo”, comenta. A saída mais em conta encontrada pela mãe foi alugar uma fantasia. “Pelo mesmo preço eu alugo a fantasia, já que ela não vai usar ano que vem mesmo”, calcula.
Mas não só de fantasias e itens de decoração vive o comércio junino. As festas são embaladas por músicas típicas – e claro – por muita comida. Neste período, segundo Valmor Rovaris, superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), é comum o exagero. “O consumidor dá uma relaxada e se dá ao luxo de comer um doce a mais. Além da dieta ser mais calórica”, exemplifica.
Produtos típicos consumidos em festas juninas têm um crescimento de até 250% em relação a outros meses do ano. A indústria alimentícia espera para 2011 um aumento nas vendas de 12% a 15% em relação mesmo período do ano passado. “Talvez devido a Copa, quando outros produtos acabam competindo, como a carne e a cerveja”, calcula Rovaris.
Ciciro Back/O Estado |
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Glauci Weiss dá uma boa dica. Para ela, o aluguel de fantasias vale mais a pena do que adquirir uma nova a cada ano. |