Ferrugem identificada em 128 municípios

O Consórcio Anti-Ferrugem, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, registra relatos da ferrugem asiática da soja em 10 estados brasileiros (MT, PR, RS, MA, GO, MS, MG, SP , SC e DF) e 128 municípios. A ferrugem, no entanto, está presente em apenas 64 áreas comerciais, os outros focos são em soja voluntária ou em unidades de alerta, áreas em que a soja foi semeada precocemente, justamente para detectar a presença do fungo na região.

O Paraná, segundo produtor brasileiro de soja com cerca de 10 milhões de toneladas do grão, continua sendo o Estado com maior número de focos de ferrugem, no Brasil. São 71 municípios paranaenses em que há a presença da doença, sendo 39 focos em a-éreas comerciais. "Muitos focos foram identificados em estágio vegetativo de desenvolvimento da soja, o que mostra que a doença está aparecendo cedo. É preciso intensificar o monitoramento para não aplicar fungicida desnecessariamente, o que aumenta o custo de produção da cultura", avalia o pesquisador Rafael Soares, da Embrapa Soja.

Depois do Paraná, o Mato Grosso – maior produtor de soja do Brasil com cerca de 15 milhões de toneladas – é o estado com maior número de focos de ferrugem identificados. São 18 municípios com a doença, mas apenas três lavouras comerciais. "No Mato Grosso, houve atraso no cultivo da soja por causa da escassez de chuva, o que pode justificar o menor número de relatos de ferrugem no Estado", avalia Claudine Seixas, da Embrapa Soja.

BA e TO

Até o momento, nenhum foco de ferrugem foi relatado na Bahia e no Tocantins que, como no Mato Grosso, também tiveram o cultivo da soja atrasado, devido à escassez e à irregularidade das chuvas. "Apesar de muitos produtores encaminharem amostras para os laboratórios da região – credenciados ao Consórcio Anti-Ferrugem – em nenhuma amostra foi confirmada a presença do fungo causador da doença", avalia Claudine.

A relação de municípios em que há focos de ferrugem, o mapa com os locais onde há ocorrência da doença, assim como dados relativos ao controle da doença, entre outros, estão disponíveis no Sistema de Alerta: www.cnpso.embrapa.br/alerta.

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