Apesar da queda de 13,64% nas vendas de veículos novos em abril ante março, o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Antonio Reze, avaliou como uma “conquista” o desempenho do setor no mês passado, em que foram vendidas 234.382 mil unidades no País. “A reação do mercado tem sido bastante positiva, superando o trauma que a gente viveu em outubro, novembro e dezembro (do ano passado)”, disse.

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Segundo o presidente da entidade, o forte desempenho registrado em março, causado em parte pela expectativa de não renovação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), “não era factível”. Reze destacou ainda que a comparação do desempenho do setor em 2009 com 2008 pode criar distorções. “Não teve um período ‘normal’ em 2008”, avaliou, ressaltando o resultado “extraordinário da indústria no primeiro semestre (de 2008) e a fraca performance na segunda metade do ano (passado)”.

Segundo ele, a nova base de comparação a ser adotada pelo setor deve ser o resultado após o primeiro trimestre deste ano. “Tem de analisar o País e o setor com o pé no chão”, ressaltou. Em sua avaliação, a indústria automotiva chegou a um novo nível de vendas, em torno de 190 mil a 200 mil unidades mensais. “Daí para cima, podemos dizer que estamos crescendo outra vez”, afirmou. O presidente da Fenabrave espera que a indústria automotiva mantenha o ritmo de venda e termine o ano “de forma bastante razoável”.

IPI

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Na avaliação do executivo da Fenabrave, o mês de abril, o primeiro após a renovação do acordo de redução do IPI, que vigora até junho, teve uma base de comparação muito mais forte do que os meses anteriores. Em sua avaliação, a redução do IPI foi apenas um indutor das vendas. Ele afirmou que não espera que o benefício fiscal seja renovado mais uma vez. “Se a economia reagir, não há motivação para fazer uma renúncia fiscal como essa”, disse.