O forte crescimento projetado para o setor automotivo em 2008 deve-se às mesmas premissas que embasaram o segmento este ano: crescimento da economia e estabilidade política, além do aumento da oferta de crédito e dilatação dos prazos de financiamento. A explicação é do presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze.

continua após a publicidade

Segundo o executivo, o bom desempenho do Brasil mostra até que o País se descolou do comportamento internacional, principalmente durante a crise do crédito imobiliários nos Estados Unidos. "As projeções para 2008 levam em consideração que o Brasil não será afetado por turbulências internacionais", afirma.

A previsão da Fenabrave é de que o setor fechará 2007 com crescimento consolidado de 30,4%. Para o segmento de automóveis e comerciais leves, especificamente, a estimativa é de alta de 28,8% neste ano, para 2.361.373 unidades. "São quase 400 mil veículos a mais que o comercializado em 2006, o que corresponde a praticamente a produção de um país como a Argentina", destaca Reze.

Além do crescimento de 19,05% projetado para o setor de automóveis e comerciais leves em 2008, para 2.811.159 unidades, a entidade projeta alta de 19,54% para o setor de caminhões e de 14,83% para o segmento de ônibus. Para motos e máquinas agrícolas, a entidade prevê uma expansão de 23,54% e 18,78%, respectivamente.

continua após a publicidade

Reze trabalha com uma projeção de crescimento de 4% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, mas adianta que considera o indicador conservador para o ritmo de evolução atual do País.

Apesar do forte incremento previsto para o próximo ano, o presidente da Fenabrave não acredita que possa haver desabastecimento do mercado. O executivo lembra que a indústria tem capacidade para produzir até 3,5 milhões de unidades por ano e que muitas montadoras já anunciaram investimentos para aumentar sua capacidade. "Não vejo nenhum problema de desabastecimento em 2008 porque o setor ainda tem uma gordura para queimar", explica.

continua após a publicidade