A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) manteve a projeção feita em abril e maio de crescimento nas vendas de veículos este ano, após a segunda prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos e da retomada do crédito. A entidade não descartou que as projeções sejam revisadas mais à frente, conforme a reação dos consumidores nos próximos meses.
Segundo o presidente da associação, Sérgio Reze, a Fenabrave prefere aguardar um pouco antes de rever suas projeções, uma vez que as “medidas estruturais lançadas pelo governo devem ter repercussão no mercado a partir de novembro”. “Daqui a 90 dias a Fenabrave fará uma nova análise para avaliar a necessidade de alterar ou não as estimativas”, afirmou.
De acordo com ele, o mês de julho deve ter redução nas vendas, uma vez que junho marcou recorde histórico e, com a prorrogação da redução do IPI, o consumidor perdeu o senso de urgência para comprar. Por ora, a expectativa da Fenabrave é de que as vendas de automóveis e comerciais leves em 2009 alcancem 2.783.466 unidades, o que significaria um crescimento de 4,20% o total das vendas realizadas em 2008. Considerando também caminhões, ônibus e motos, a indústria automobilística brasileira deve fechar o ano com 4.895.143 veículos vencidos, alta de 3,13%.
No material apresentado hoje pela Fenabrave, também há projeções para a hipótese de um cenário econômico desfavorável, que prevê baixa de 3,09% nas vendas da indústria como um todo neste ano, para 4.599.812 unidades. Sérgio Reze observou, no entanto, que “a economia global está diminuindo suas expectativas em relação à continuidade da crise” e este cenário só seria possível se o mercado não reagisse às medidas anunciadas pelo governo brasileiro.
