A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira, 9, à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e à Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) uma nova proposta de aumento na remuneração dos bancários, que consiste em um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3,3 mil a ser pago até dez dias após a assinatura do acordo.
Segundo a Fenaban, o valor fixado para o abono está 10% acima da proposta inicial apresentada no dia 29 de agosto e, somado ao reajuste no salário, é superior à inflação prevista para os próximos doze meses.
“A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa”, afirma a entidade em nota. O reajuste será aplicado também à participação nos lucros e resultados (PLR) paga pelos bancos aos funcionários.
Os bancários estão em greve há quatro dias.
Segundo o Sindicato, no primeiro dia de greve (06), 194 agências bancárias e oito centros administrativos aderiram à paralisação em Curitiba e região. Após o feriado, no terceiro dia (08), a greve se ampliou para a região metropolitana (feriado municipal em Curitiba), com 101 agências e a Central de Atendimento do Banco do Brasil fechadas.
Nesta sexta (09), 268 das 532 agências bancárias de Curitiba e região estão fechadas, além de oito centros administrativos. Segundo estimativas do Sindicato, mais de 8,7 mil bancários dos 18,1 mil estão de braços cruzados, número que equivale a 48% de adesão.
A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, o sindicato pede o pagamento de três salários mais R$ 8.297,61 em participação nos lucros e resultados, bem como a fixação do piso salarial em R$ 3.940,24.