Mais de 10 mil imóveis, sendo 6,6 mil novos e 4 mil usados; participação de 100 construtoras e imobiliárias de Curitiba e região metropolitana. Os financiamentos podem ser de até 100%.
Dependendo da renda do comprador, com prazo de quitação de até 30 anos. Este é um resumo do Feirão da Caixa da Casa Própria 2008, aberto ontem pela Caixa Econômica Federal e que continua até amanhã, no Marumby Expo Center, em Curitiba.
A estimativa é que a movimentação gire em torno de R$ 100 milhões, com a assinatura de 2 mil contratos para a aquisição de imóveis.
O casal Ana e Alfredo Curi Junior, morador da Vila Hauer, resolveu aproveitar a oportunidade. Há nove anos pagando aluguel, tiveram a carta de crédito emitida ontem no Feirão para a compra da casa em que moram com mais dois filhos, com 80% de financiamento.
?Há cinco anos vínhamos pensando na compra, mas tínhamos recebido um balde de água fria quando visitamos uma agência, tempos atrás. Hoje, resolvemos insistir, dar mais uma olhada e acabamos sendo aprovados. Ainda estamos assimilando a idéia?, comemorou Ana.
A opção do casal de 80% de financiamento ainda é a mais comum entre os que fecham negócio com a Caixa. O pedido de 100% fica com 2% do total dos clientes, de acordo com o gerente da Caixa Ubiraci Rodrigues. ?Historicamente, a faixa que mais financia na Caixa sempre foi dos 35 aos 45 anos.
No último ano, foi a primeira vez que esse perfil se alterou, para pessoas com até 30 anos?, informou. Segundo ele, essa mudança de perfil demonstra que o medo de financiar a longo prazo agora não é mais tão elevado quanto décadas atrás, por conta da alta na inflação.
Curitiba é a última etapa do Feirão Caixa 2008, que já passou por nove cidades, batendo recorde de público e venda. A edição deste ano já movimentou pelo Brasil mais de R$ 3,8 bilhões e gerou 52,9 mil contratos. Hoje, o Feirão abre das 10h às 21h e amanhã das 10h às 18h.
Cuidados
Mesmo com boas oportunidades, o consumidor deve ter cuidados na assinatura do contrato, como o não comprometimento de parcelas que ultrapassem 30% da renda familiar mensal. Segundo o advogado especialista em Sistema Financeiro da Habitação, Orlando Anzoategui, o cliente também teve fazer cálculos para não cair em uma possível inadimplência. ?Com três prestações em atraso, as instituições financeiras já podem desapossar o mutuário do imóvel financiado em cinco meses?, ressaltou.
O advogado também alerta para o instrumento da alienação fiduciária. ?É uma proteção para os bancos, por meio da qual a propriedade fica no nome do financiador até a quitação da última parcela, colocando o mutuário inadimplente na situação de usuário do imóvel?, destacou.
