Feira em Curitiba disponibiliza cerca de 10 mil imóveis

Quem está procurando um imóvel, seja para morar ou para investir, não pode deixar de visitar a Feira de Imóveis 2008, que acontece até domingo no Piso Poty do Estação Embratel Convention Center, em Curitiba.

Organizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR), a feira reúne num só lugar a oferta de cerca de 10 mil imóveis para venda, com preços que variam entre R$ 40 mil e R$ 4 milhões. A expectativa da organização é fechar negócios da ordem de R$ 55 milhões durante e após a feira, 20% a mais do que na edição passada.

“Comprar um imóvel não é uma decisão simples e fácil, por isso muitos fecham negócios pós-feira. Mas há aqueles que já olharam o imóvel e, como a maioria dos expositores oferecem desconto ou parcelamento facilitado durante a feira, assinam o cheque aqui mesmo”, comentou o presidente da Ademi-PR, Hugo Peretti Neto.

Para as construtoras, a feira é oportunidade para lançar novos empreendimentos ou arrematar as últimas unidades de algum condomínio – caso da Realitá, braço do Grupo LN, que está oferecendo na feira as últimas unidades do Vila Pontoni, um condomínio com 168 apartamentos no bairro Novo Mundo, que ficará pronto em dezembro (1.ª fase).

“Falta vender 24 unidades, todas com três quartos”, explicou a diretora de marketing, Mariane Caponi. O preço é a partir de R$ 87 mil, mas os que ainda estão à venda custam a partir de R$ 110 mil.

“O curitibano ainda é desconfiado, ele não compra imóveis totalmente na planta. Quer ver, pelo menos, a estrutura do edifício levantada”, comentou Peretti. A desconfiança talvez ainda seja por conta do efeito-Encol, que amargou o sonho de centenas de pessoas. “Uma das vantagens de comprar um imóvel em construção é a possibilidade de modular conforme a necessidade”, apontou.

Preço

Quando o assunto é preço, construtoras e imobiliárias não admitem que houve supervalorização dos imóveis em Curitiba nos últimos dois anos, mas sim recuperação dos preços.

“O imóvel em Curitiba era muito barato, agora está recuperando. Ainda assim, o preço está bom para compra”, garantiu o presidente da Redeimóveis, que reúne doze das principais imobiliárias de Curitiba, Luiz Valdir Nardelli. Segundo ele, o metro quadrado do imóvel usado custa entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil.

“Cinco anos atrás, havia em Curitiba apartamento usado por R$ 650 a R$ 700 o metro quadrado; tinha oferta, mas não havia comprador. Hoje, o metro quadrado desse mesmo imóvel custa entre R$ 1,2 mil e R$ 1,3 mil e não há para vender. A liquidez é muito alta”, comentou.

Para Nardelli, o bom momento vivido pelo mercado imobiliário deve perdurar, pelo menos, até 2011. “Há muita gente ainda morando mal. Além disso, a estabilidade do emprego, o aumento da renda, a oferta de dinheiro (crédito) e os juros mais baixos estão contribuindo para o setor. Quando melhora a renda, a primeira coisa que o brasileiro pensa é em morar melhor.”

Segundo Nardelli, o setor está focado principalmente na classe média, que procura imóveis até R$ 170 mil. A grande fatia do mercado, apontou, quer imóveis entre R$ 80 mil e R$ 120 mil.

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