Fed mantém juros americanos em 1%

O Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, decidiu manter os juros norte-americanos em 1% ao ano. É a menor taxa dos juros norte-americanos em 45 anos. A decisão era esperada pela totalidade dos analistas de Wall Street. Em janeiro, a atividade já havia apresentado um bom crescimento de 0,8%, segundo o Federal Reserve. O indicador envolve fábricas, usinas e minas do país.

No mês passado, a economia norte-americana abriu apenas 21 mil novas vagas, e o ganho foi totalmente devido às contratações do setor público.

A indústria amargou o 43.º mês consecutivo de perda de postos, acirrando a insatisfação de trabalhadores e empresários com a política econômica de George W. Bush, o presidente dos EUA.

Republicano, Bush tentará se reeleger para um mandato de mais quatro anos nas eleições de novembro. Mas John Kerry, candidato democrata (de oposição), já aparece à frente de Bush nas pesquisas de intenção de voto, e uma das razões citadas pelos eleitores é justamente a má administração econômica do governo.

O setor manufatureiro cresceu 1% no mês passado. Os maiores ganhos ocorreram na produção de máquinas (1,7%), produtos eletrônicos e computadores (1,5%), semicondutores e equipamentos (3%) e veículos (1,6%).

“Certamente os números indicam que o crescimento econômico é sustentável, a um ritmo acelerado”, disse Sal Guatieri, economista sênior do banco BMO Financial Group. “É apenas uma questão de tempo até que as fábricas comecem a contratar.”

A indústria norte-americana passou, nos últimos três anos, por um longo e doloroso ajuste, após a “exuberância irracional” da segunda metade da década passada. Havia ocorrido um excesso de investimento, principalmente no setor de alta tecnologia.

Um sinal de que o ajuste pode estar perto do fim é a diminuição da capacidade ociosa. A utilização da capacidade instalada subiu de 76,1%, em janeiro, para 76,6%, maior nível desde agosto de 2001.

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