economia

Fed está estudando várias questões sobre implementação de política, diz Yellen

A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmou hoje que o BC norte-americano estuda várias questões ligadas à implementação da política monetária, inclusive a possibilidade uma maior gama de ativos a serem comprados no futuro.

Em discurso sobre política monetária lido durante o simpósio anual de Jackson Hole, Yellen argumentou que a crise financeira de 2008 mostrou que as ferramentas à disposição do Fed à época eram insuficientes, como mostra o surgimento de novas medidas desde então, como o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês). Ela afirmou também que as autoridades podem considerar o alargamento da gama de ativos elegíveis para o QE, como fizeram o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ).

Yellen indicou, no entanto, que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) não considera medidas como fixar uma meta para o Produto Interno Bruto (PIB) nominal ou a elevação da meta de inflação.

Segundo as projeções do Fomc, os juros devem se acomodar ao redor de 3,0% no longo prazo, menos da metade da média de 7,0% registrada entre 1965 e 200. Portanto, “esperamos ter menos espaço para cortes de juros que tivemos historicamente”, disse.

A dirigente avaliou que o Fed pode voltar a fornecer “acomodação” caso a expansão atual se enfraqueça no curto prazo. Além de nova redução de juros, isso poderia significar uma retomada das compras de ativos “até que as condições melhorem marcadamente”.

Sobre a perspectiva econômica, Yellen afirmou que ela continua “incerta como sempre”, apesar das melhorias no cenário atual, o que significa que “a política monetária não está em um curso pré-definido”. Apesar da robustez do mercado de trabalho, ela notou que os investimentos das empresas continuam fracos, que a demanda do exterior continua frágil e que a valorização do dólar pressiona as exportações. (Marcelo Osakabe)

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