O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Boston, Eric Rosengren, afirmou nesta quinta-feira que a fraqueza subjacente do mercado de trabalho e a baixa inflação fortalecem a teoria de que um aumento da taxa de juros não deve acontecer no curto prazo.

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“Acredito firmemente que os formuladores de políticas monetárias devem permanecer bastante pacientes no corte de estímulos”, disse Rosengren, de acordo com o texto de um discurso a ser feito em Sarasota, na Flórida. O presidente do Fed de Boston afirmou que essa é uma questão importante porque a taxa de desemprego deve se aproximar dos 6,5%, que é apontado como nível que determinará uma aumento da taxa de juros. Atualmente, a taxa de desemprego está em 6,7%.

“As condições do mercado de trabalho permanecem muito longe de onde eles deveriam estar para justificar um aumento da taxa de juros”, disse Rosengren.

O presidente do Fed de Boston tem sido um dos maiores defensores da adoção de medidas agressivas para ajudar a estimular o crescimento e reduzir o desemprego. Em dezembro, Rosengren fez considerações relevantes sobre o corte do programa de estímulos promovido pelo Fed. Ele argumentou que com a inflação abaixo da meta de 2% e com a taxa de desemprego ainda elevada, o Fed poderia facilmente ter mantido o ritmo do seu programa de compra mensal de ativos por mais tempo.

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Além disso, Rosengren disse que a queda inesperadamente rápida da taxa de desemprego esconde o fato de que as medidas mais amplas de desemprego não estão indo tão bem. “Enquanto a taxa de desemprego tradicional é uma medida importante, o seu declínio não captura as dificuldades mais amplas no mercado de trabalho que estão sendo sentidas por tantos norte-americanos”, observou o presidente do Fed de Boston.

“Diante dos números de inflação e do mercado de trabalho, a política monetária deve continuar a ser altamente acomodatícia”, afirmou Rosengren. Fonte: Dow Jones Newswires.

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